quinta-feira, dezembro 21, 2006

ODONTONEWS

ANJO DA GUARDA
A Veja São Paulo publicou no dia 04 de outubro de 2006, uma matéria
com as 30 mulheres mais bonitasda cidade.
A revista formulou quatro perguntas para cada uma das beldades
escolhidas por um júri seleto. Uma das perguntas era sobre o anjo da
guarda da beleza. O Dr. Admir B.Gavira e a Dra. Marisa Avancini
foram os únicos dentistas citados nesse quesito. O Dr. Admir
Gavira foi citado por Rosângela Lyra, diretora da Dior, como o seu anjo da guarda da beleza em razão do atendimento estético odontológico realizado

EM BUSCA DO CORPO PERFEITO
A Veja São Paulo, ano 39 - nº 43, trouxe uma matéria de
capa de grande repercussão. O que talvez poucos saibam é que o
jornalismo da revista realmente pegou de surpresa inúmeros profissionais
ligados à estética e à beleza: de esteticistas a cirurgiões
plásticos e odontologistas. Uma modelo contratada marcou consultas
e tratamentos e todo o roteiro do atendimento recebido,
das indicações cirúrgicas e dos orçamentos foram relatados pela
matéria, comparando sempre três profissionais por área de atuação.
O Dr. Admir Gavira foi uma das referências em odontologia
estética escolhidas. Atendeu a “paciente”, sugeriu tratamento e
os orçou sem sequer desconfiar que estava passando informações à
imprensa. O jornalismo da Veja São Paulo cumpriu seu papel investigativo e expôs diferentes opiniões e pontos-de-vista dos mais renomados profissionais atuantes na cidade.

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quarta-feira, dezembro 20, 2006

BAYLOR COLLEGE OF DENTISTRY - UNIV. TEXAS-DALLAS U.S.A.

O Prof. Alexandre Fleury, professor de endodontia da Baylor College of Dentistry recebeu o prêmio OZETEC da Associação Americana de Endodontia como o melhor professor de endodontia dos Estados Unidos. Ele concorreu com os mais renomados professores universitários. O Prof. Fleury é graduado pela USP de Ribeirão Preto, depois prosseguiu seus estudos na Univ. Pensilvânia onde foi discípulo de Tronstad e posteriormente foi convidado para lecionar na Flórida na Nova Southern University, trabalhando com Glickman e Kuttler, grandes expoentes da endodontia mundial. Atualmente ele trabalha em clinica particular e leciona na conceituada Baylor College of Dentistry . Tomou posse imediatamente após a aposentadoria do Prof. Gutmann. Sua esposa Elaine é assistente do Prof. Rakusin. O casal possui dois filhos, Felipe de 17 anos que cursa a décima série, toca na banda de rock e é especialista em vídeo games; Eduardo de 14 anos cursa a sétima série e nas horas de folga pratica surf e curte a vida. Com absoluta certeza seus filhos levam uma vida muito melhor que seus pais.

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terça-feira, dezembro 19, 2006

UNIVERSIDADE SENDAI - JAPÃO

A odontologia brasileira está de parabéns pelo retorno do Dr. Enio Yukio Otani à São Paulo onde reiniciará suas atividades profissionais na área de Ortodontia, dando ênfase às tecnicas contemporâneas adotadas na conceituada Universidade de Sendai, onde ele fez residência para adquirir o título de especialista.

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sexta-feira, dezembro 15, 2006

TÚBULOS DENTINÁRIOS-PENETRAÇÃO DE CIMENTOS OBTURADORES

Pesqui Odontol Bras. 2002 Oct-Dec;16(4):332-6. Epub 2003 Feb 12.
Intratubular penetration of root canal sealers :
de Deus G, Gurgel Filho ED, Ferreira CM, Coutinho Filho T.Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.The purpose of this study was to evaluate the capacity of penetration of four endodontic sealers (Endo Fill, Sealapex, AH Plus and Pulp Canal Sealer) into dentinal tubules. Seventy-two extracted human maxillary anterior teeth were utilized in this study. The teeth were cleaned and shaped by means of the balanced-forces technique. The work length was established at 1 mm beyond the apex. Copious irrigation with 10 ml of 5.25% sodium hypochlorite was carried out. The teeth were divided in 8 groups - 4 had the smear layer maintained, and 4 had it removed. The smear layer was removed with a commercial solution of 17% EDTA, and the root canal system was flushed for 3 min. Finally, the roots were irrigated with 3 ml of 5.25% sodium hypochlorite. All teeth were sealed by means of the technique of the condensation wave with a medium nonstandardized cone. After filling, the roots were grooved, longitudinally split and examined under a scanning electron microscope (SEM). The focus of observation was the interface between the dentin and the sealing material. The Rickert sealer (Pulp Canal) presented the maximum penetration depths into the dentinal tubules, and Sealapex, the minimum. The Spearman test was used to determine whether there were significant differences between the groups. The removal of smear layer allowed significant penetration of the sealers (p <= 0.01).

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ALARGAMENTO APICAL E REDUÇÃO DA MICROBIOTA INTRACANAL

The Role of Apical Size Determination and Enlargement in the Reduction of Intracanal Bacteria
André K. Mickel, DDS, MSD, Sami Chogle, BDS, DDS, MSD, Justin Liddle, Kirk Huffaker, DDS, Jefferson J. Jones, DDS
published online 20 October 2006. Corrected Proof
Abstract : Journal of Endodontics
The master apical preparation size in root canal therapy is debatable despite considerable research. The present study compared file sizes that bind at the apex before and during crown-down preparation and assessed the relation between apical size and extent of intracanal bacterial load. There were 100 single-rooted teeth biomechanically prepared after inoculation with Enterococcus faecalis. Canals were preflared, and apical size was ascertained by the first file to bind (FAB) at the working length (WL). During crown-down preparation, the first crown-down file to reach the apex during instrumentation was noted (CDF). Teeth were then divided into three master apical file size groups of CDF + 1, CDF + 2, and CDF + 3. Positive controls were inoculated postinstrumentation, whereas negative controls were instrumented without inoculation (n = 5). The samples were then cultured for intracanal bacterial counts. Fifteen samples and four controls were analyzed under SEM. The data were analyzed using ANOVA, Student's t-test, and χ2 tests. The CDF was demonstrated to be an average of four file sizes larger than the FAB (p < title="Search for this keyword within this periodical." href="http://www.jendodon.com/search/quick?search_area=journal&search_text1=Apex">Apex size, apical binding, apical enlargement, apical size, bacteria, canal culturing, crown down, dentinal tubules, Enterococcus faecalis, intracanal, master apical file, SEM, scanning electron microscopy
Case School of Dental Medicine, Graduate Endodontics, Cleveland, Ohio

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REABSORÇÃO RADICULAR X ENDODONTIA

Articles in Press
ABSTRACT
Journal of Endodontics.
Orthodontic Root Resorption of Endodontically Treated Teeth
Tarso Esteves, DDS, Adilson Luiz Ramos, PhD, Calliandra Moura Pereira, DDS, Mirian Marubayashi Hidalgo, PhD
published online 24 November 2006. Corrected Proof
Abstract
The purpose of this study was to evaluate, radiographically, whether there is similarity in the apical root resorption found in endodontically treated teeth and untreated teeth when they are submitted to orthodontic treatment. From 2,500 treatment records examined, 16 patients were selected who had a maxillary central incisor treated endodontically before initiation of the orthodontic movement, and a vital homologous tooth (for control). Measurements were made by comparing the periapical radiographs taken before and after the orthodontic treatment. There was no statistically significant difference (p > 0.05) in apical root resorption found in the endodontically treated teeth compared to the group of vital teeth.
Key Words: Apical resorption, endodontics, orthodontic treatment, root resorption
Private practice, Maringá, PR, Brazil
Department of Dentistry, State University of Maringá, Maringá, PR, Brazil
Address requests for reprints to Dr. Mirian Marubayashi Hidalgo, Departamento de Odontologia, Universidade Estadual de Maringá, Av. Colombo, 5790, zona 7, 87020-900, Maringá, PR, Brazil.
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quarta-feira, dezembro 13, 2006

SMEAR LAYER

Estudos recentes, usando alta tecnologia, mostram que cerca de 40% da dentina radicular de um molar superior não são tocadas pelos instrumentos durante o preparo biomecânico!O que me preocupa é o fato de estarmos utilizando quelantes em áreas aonde não houve a formação de smear layer.... não há smear layer simplesmente porque não houve corte de dentina em aproximadamente 40% da área dentinária! Nesse caso, creio eu que usando quelantes estaremos enfraquecendo a matriz dentinária sem nenhuma indicação precisa! Pois o quelante estará agindo no smear layer assim como na dentina hígida, que não sofreu corte! Será que não devemos começar a reavaliar e estudar mais profundamente como procedermos na remoção do smear layer? Se pensarmos no caráter repetitivo, pouco conclusivo, pouco reprodutível da maior parte dos estudos que avaliam a remoção do smear layer, acredito que a necessidade de uma reavaliação se faz ainda mais presente. Grande abraço professor. Parabéns pela qualidade das postagens .Gustavo De-Deus.
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sexta-feira, dezembro 08, 2006

ANESTESIA GERAL E ANALGESIA INALATÓRIA

O Prof. Claudio Haddad e Prof. Ricardo Luiz Piscciolaro apresentaram workshop sobre Anestesia Geral e Analgesia Inalatória Através da Mistura de Oxigênio e Óxido Nitroso para Dentistas, na EAP da APCD regional do Ipiranga. A concorrida reunião científica foi dirigida pelo presidente da associação Dr. José Teodoro, que há muitos anos tem se dedicado ao aprimoramento técnico-científico de seus associados. O assunto tem merecido especial atenção da classe odontológica por se tratar de ferramenta muito importante para se conseguir a excelência e o conforto no atendimento de pacientes especiais associados a casos clínicos atípicos.
Os professores são altamente qualificados na área e seus Cursos, Workshops e Hands-On são altamente concorridos. Para maiores informações, perguntas e comentários, basta clicar em "comments" e executar a postagem

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quinta-feira, dezembro 07, 2006

COMENDA E MEDALHA TIRADENTES

O Prof. Luciano Scarparo um dos expoentes da odontologia (área de endodontia) recebeu no dia 4 de dezembro de 2006 a Comenda e Medalha Tiradentes por seus relevantes serviços prestados à classe odontológica. A homenagem foi presidida pelo presidente do CROSP, Dr. Emil Adib Razuk. O Prof. Scarparo tem dedicado à clínica, pesquisa e ensino de endodontia há mais de 40 anos e atualmente é professor da EAP da APCD regional de Guarulhos onde ministra o curso de especialização.

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terça-feira, dezembro 05, 2006

EXTRA-MUROS

Demonstração ao vivo de tratamento endodontico no ultimo "extra-muros" marcou o encerramento do curso de Endodontia em Sessão Única da APCD. O atendimento ao vivo foi conduzido brilhantemente pelos Profs. Gustavo Meneghine e Sidney Komatsu.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

SIMPÓSIO DE OBTURAÇÃO

O Simpósio de Obturação 3-D de Canais Radiculares realizado na APCD nos dias 1 e 2 de dezembro de 2006, patrocinado por várias empresas, inclusive a Easy Endo System de BH, teve um grande sucesso. Este sucesso é creditado à participação de expoentes da odontologia contemporânea, incluindo: Professores Guilherme Noriaki, Sergio Martins, Dilson Coimbra, Gustavo Meneghine, Ruy Hizatugu, Henrique Bassi e Mario Zuolo. A segunda edição deste evento está programada para o ano de 2007 no Rio de Janeiro.
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quarta-feira, novembro 29, 2006

INFORMÁTICA NA ODONTOLOGIA




O curso básico de informática em odontologia ministrado pelo Dr. Cassio Dicolla na APCD de Guarulhos- Especialização em Endodontia foi coordenado pelo Dr.Luciano Scarparo e Dr. Roberto Miguita aconteceu no dia 28-11-06
O assunto abordado foi dividido em 3 segmentos:
1. Internet
2. E-mail
3. Pesquisa científica
Na atualidade existe um grande interesse em informática aplicada à odontologia. Os alunos da especialização de Guarulhos utilizam-se da internet principalmente para pesquisa científica, incluindo a bibliografia necessária aos trabalhos de monografia para obtenção do título de especialista.

quarta-feira, novembro 08, 2006

MICROSCOPIA


Microscopia em endodontia.

Sou estudante de odontologia e gostaria de saber as vantagens e as desvantagens do uso de microcopio na endodontia.

Prezada Patricia. O microscópio é uma ferramenta muito útil de trabalho que poderá ser incorporada em seu consultório. Eu gosto muito de trabalhar com microscópio, embora particularmente, eu acho que ele é muito importante mas não é indispensável. Eu conheço excelentes profissionais que não usam microscópio. Na última reunião extramuros de educação continuada ( dedicado aos alunos do curso da EAP central e APCD da regional de Pinheiros ) eu disse que antes do uso de ferramentas sofisticadas, o aluno precisa aprimorar bastante: anestesia, acesso, limpeza e modelagem 3D, Obturação 3D, selamento cavitário "permanente" e aprimorar a técnica de tomada, processamento, interpretação e armazenagem de radiografias periapicais. O aluno precisa muito entender medicação sistêmica e receitar. Depois de um longo treinamento pré-clínico em dentes extraidos e clínico em pacientes, o profissional poderá pensar em aparelhos mais contemporâneos, incluindo radiografias digitalizadas, técnicas rotatórias com limas de NiTi, Laser, microscópio clínico cirúrgico etc. Em março de 2007 no curso tradicional que ministramos na EAP central, resolvemos incorporar o uso do microscópio e técnica rotatória somente para grupos de alunos mais avançados. Num universo heterogênio de 24 alunos( limite estabelecido) achamos melhor dividi-los em blocos de acordo com o grau de conhecimento técnico e científico ( recém formados, formados
e especialistas ). Abraços com muita estima e amizade de, Ruy Hizatugu.
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terça-feira, novembro 07, 2006

PREPARO APICAL

Quanto é o ideal da instrumentação apical em termos de largura visando remoção de debris e bactérias?
Farley Rodrigo - ABO - Belo Horizonte.
Abstract
Objective to establish a new approach for determination of the optimal apical preparation size (APS).
After preflaring 212 root canals from 80 extracted molars, electronic working length (WL) was measured to establish where the apical preparation size (APS) should be determined. Subsequently, nontapered, noncutting special instruments were used to reach WL. The diameter of the largest special instrument (SI) width that had to overcome some resistance to advance to WL was defined as dSI. After sectioning the roots apically, the diameter of a potential rotary instrument was determined for each section, allowing a complete cutting of the root canal wall. The estimation of APS was related to dSI.
Results
Theoretically, individual APS of dSI + 0.60 mm yielded circumferential apical preparations in 98% of the cases. When shaping palatal/distal root canals of molars to dSI + 0.40 mm, and mesiobuccal/mesiolingual/distobuccal root canals of molars to dSI + 0.30 mm, complete preparations of root canal walls resulted in 78% (95% CI, 69%-87%) and 72% (95% CI, 65%-80%) of canals, respectively.
Conclusion
The described approach allowed evaluation of the APS for most root canals. Root canals should be shaped to larger sizes than normally recommended.

J Endod. 1994 Jul;20(7):313-4.
Apical enlargement: influence on the sealing ability of the vertical compaction technique.
· Yared GM,
· Bou Dagher FE.
.This study sought to evaluate the influence of apical enlargement on the sealing ability of vertical compaction. Sixty anterior teeth were used. Half of these teeth were prepared to a size 25 file and the other half to a size 40 file. Then vertical compaction was performed. Apical microleakage was determined using pressurized fluid filtration at 90 min, 6 h, 1 day, 4 days, and at 1, 2, 4, 8, 12, 16, and 24 wk after root canal obturation. Leakage tended to increase over time for both groups. The size 25 file group showed significantly less apical leakage than the size 40 file group.

J Endod. 1994 Nov;20(11):535-7.
Influence of apical enlargement on bacterial infection during treatment of apical periodontitis.
· Yared GM,
· Dagher FE.
.This study sought to evaluate the influence of apical enlargement and 1-wk calcium hydroxide dressing on bacterial infection of root canals. Sixty single-rooted teeth were used. Half of these teeth were prepared to a size 25 file and the other half to a size 40 file. Then the root canals were dressed with calcium hydroxide for 1 wk. Bacterial sampling showed significant reduction of bacterial growth during the treatment. No statistically significant difference was noted between the size 25 and 40 file groups after instrumentation, and after 1-wk calcium hydroxide dressing.

Caro Professor Farley Rodrigo.....O assunto é controverso e ainda está aberto à discussão. Acho que a idéia de Schilder "preparo apical o mais estreito e prático possivel" continua valendo na endodontia contemporânea. É um princípio mecânico que realmente previne o transporte do forame. Todavia, vale o bom senso, porque em molares o calibre apical no preparo vai depender muito se o canal é demasiadamente fino e curvo ( classe lll de Schneider ou super classe lll de De Deus) ou com menos curvatura e atresia ( classe ll ). Recentemente eu fui instruido pelo Prof. Adalberto Ramos Vieira e Prof.Henrique Bassi a ampliar um pouco mais o preparo apical objetivando melhor definição e "tug back" do cone mestre na constrição apical. Vale lembrar que na manobra procura-se ampliar a constrição apical mantendo o forame em sua forma original (diâmetro anatômico) Confesso que estou muito contente e animado com meus casos clinicos. Estou revendo a literatura para ter condições de continuar a discussão sobre o assunto.....Ruy Hizatugu

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sábado, novembro 04, 2006

CISTOS PERIAPICAIS

New perspectives on radicular cysts: do they heal?
Keywords: apical periodontitis; Author: Ramachandran Nair
International Endodontic Journal, Volume 31, Number 3, May 1998, pp. 155-160(6)
Abstract:
During the past few decades several authors have perpetuated the notion that nearly half of all periapical lesions are radicular cysts. A few studies, based on meticulous serial sectioning of periapical lesions retrieved in toto, have shown that the actual incidence of radicular cyst is only about 15% of all periapical lesions. Equally significant was the discovery in 1980 and recent confirmation that radicular cysts exist in two structurally distinct classes namely, those containing cavities completely enclosed in epithelial lining (periapical true cysts) and those containing epithelium-lined cavities that are open to the root canals (periapical pocket cysts). From a clinical point of view a periapical pocket cyst may heal after conventional root canal therapy whereas an apical true cyst is less likely to be resolved without surgical intervention.
pocket cysts; radicular cysts; apical true cysts
Affiliations: 1: Department of Oral Structural Biology, Centre of Dental and Oral Medicine, University of Zurich, Zurich, Switzerland
NOTA: Temos observado que áreas periapicais radiotransparentes muito extensas, muitas vêzes envolvendo dentes vizinhos, apresentam dificuldades de reparo nos tratamentos endodônticos não cirúrgicos. (observação empírica do blogger - estudo não publicado )

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SELAMENTO CORONÁRIO

Nos últimos anos, tem-se dado muita ênfase ao selamento coronário em relação ao sucesso da terapêutica endodôntica. Muitos trabalhos enfatizaram que após períodos curtos de tempo pode ocorrer infiltração coronária a qual, muitas vezes, é capaz de atingir a região apical da obturação, podendo, assim, ocasionar ou perpetuar uma lesão periapical. Parece ser unanimidade dentro da literatura endodôntica a necessidade de um selamento coronário provisório efetivo e a realização do “selamento permanente” o mais breve quanto possível. Em vista dessas necessidades, recomenda-se a realização de “selamento permanente” logo após o término do tratamento endodôntico. Os materiais para tais procedimentos são variados, porém, as resinas compostas têm sido amplamente utilizadas com bons resultados. Em casos de grande destruição coronária onde existe a necessidade de colocação de pino intracanal, parece ainda não existir um consenso literário quanto ao tipo de pino de escolha. Porém, pesquisas têm demonstrado resultados promissores com relação à utilização de pinos pré-fabricados de fibra de vidro ou similares, uma vez que estes apresentam módulo de elasticidade semelhante à dentina, reduzindo, desta forma, o estresse do pino sobre a raiz e consequentemente o risco de fratura. Vale lembrar que observações clínicas tem demonstrado um alto índice de dentes fraturados associados a núcleos com pinos (estudos não publicados)
Outra razão que pode ser apontada para a realização do selamento coronário permanente é o fato dele fortalecer o dente, principalmente quando comparado ao selamento temporário. Neste aspecto, a resina composta merece destaque.
NOTA: Por se tratar de assunto controvertido, solicita-se a opinião de colegas; clique "comments" ou envie a um amigo, de acordo com as instruções postadas.

quarta-feira, novembro 01, 2006

APCD- REUNIÕES EXTRAMUROS-EDUCAÇÃO CONTINUADA



PRINCÍPIOS MECÂNICOS DE SCHILDER
INFORMÁTICA PARA O DENTISTA CONTEPORÂNEO
SEMINÁRIO: PERGUNTAS E RESPOSTAS - DEBATE
WORKSHOP - HANDS ON com demonstração ao Vivo.
Orientação de emergência: anestesia, radiografia, abertura coronária, obturação trideimensional com Mc Spadden, informática para dentistas (prática no computador).
Os alunos deverão trazer vários molares sem abertura, películas radiográficas, avental e luvas.
HORÁRIO: 19:30 ÀS 22:00 HS : Retardatários deverão esperar pelo intervalo
É recomendável desligar celulares e chegar ao local com pelo menos 5 minutos antes do horário.
LOCAL: AL. NHAMBIQUARAS, 597
PARA ALUNOS DA APCD CENTRAL E PINHEIROS
Não haverá cobrança de honorários.
ESTACIONAMENTO COM MANOBRISTAS

terça-feira, outubro 31, 2006

RELAÇÃO ENDODONTIA-IMPLANTODONTIA

Com relação a possibilidade de retratar o canal ou partir para o implante, sou da opinião de que devemos colocar como primeira opção para o paciente, o retratamento. Ainda que o prognóstico seja duvidoso, o paciente deve ser esclarecido com base no conceito de promoção de saúde. Coloco-me à disposição de todos para maiores esclarecimentos.
Marcone Reis Luiz .

domingo, outubro 29, 2006

TÉCNICA DO PRÉ - ALARGAMENTO CONCISO

AUTOR: PROF. MARCOS R RABELO

1. MAPEAMENTO RADICULAR. (cateterismo)

2. PREPARO DO TERÇO CERVICAL E MÉDIO -
Gates Glidden (1 a 4). Girando a 6000rpm.
Obs: A câmara deverá estar seca e o canal úmido durante a execução.

Lima Pré RACE 40/10 - 750 rpm.
Lima Pré RACE 35/08 - 750 rpm.
.
3. LOCALIZAÇÃO ELETRÔNICA DO FORAME.

4. PREPARO DO TERÇO APICAL

À critério individual do profissional.

NOTA : O motor recomendado pelo autor é o EASY ENDO SYSTEM

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ABO - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ODONTOLOGIA DE MINAS GERAIS.


CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM ENDODONTIA.
Coordenadores: Prof. Geraldo Moreira Avelar; Prof.Marcos Rogério Rabelo; Otaviano Luiz D. Pereira. Professores convidados: Dr. Farley Rodrigo Braga Santos; Dr. Francisco José de Souza; Dr.Ruy Hizatugu; Dr. Marcone Reis Luiz
CICLO CIENTÍFICO VI - VII - VIII - IX E X CLÍNICO (100 HORAS)
Aplicação Técnica dos Conhecimentos Adquiridos em Pacientes

quarta-feira, outubro 18, 2006

CASSIO DICOLLA DISSE:


Paradigmas são os filtros através dos quais vemos e interpretamos a nossa realidade. Lembro-me há muito tempo atrás, na faculdade, nos diziam: tratamento de polpa viva versus tratamento de polpa morta; com anestesia ou sem anestesia; multiplas sessões com a obrigação de uso de curativo de demora entre sessões; jamais invada o periápice....medicação intracanal...etc.
Mas o conhecimento evolui, propicindo novas técnicas, instrumentos e novas evidências científicas mudando nossos paradigmas.
Como mostra essa fotomontagem da artista plástica SABRINA WARD HARRISON, que utiliza novas técnicas de pintura e fotos digitalizadas produzindo uma arte pura.
Assim é o conceito de SESSÃO ÚNICA, que muda nossos paradigmas em relação ao tratamento endodôntico, um caminho da biologia e da técnica para a arte da cura.

sexta-feira, outubro 13, 2006

PROF. HENRIQUE BASSI DISSE

"Estive em Piracicaba na Unicamp e um aluno de doutoramento fez as seguintes observações:
1. O doutorando disse que faz Schilder sistematicamente;
2. Afirmou que Schilder só é importante em caso de necrose;
3. A técnica não é recomendada para casos de polpa viva.
Gostaria que o Blog levantasse a questão para uma ampla discussão e esclarecimento."

Caro Henrique....eu achei uma excelente idéia abrir uma discussão sobre a técnica de Schilder. Para tanto eu peço a sua ajuda... O doutorando de Piracicaba se referiu à técnica de Schilder em relação à obturação pela técnica da guta percha termoplastificada( onda contínua de condensação ) associada ao fechamento das portas de saida do sistema de canais radiculares? (surplus-puff-botão) Ele não se referiu aos princípios mecânicos de Schilder, não é mesmo ? Em agosto de 2000, eu estive em Uberlandia onde participei de um debate internacional com o Prof. K. Langland da Univ. of Cannecticut, Prof. Eliseu Pascon de Montreal- Canadá, Prof. Domenico Ricucci de Contrero- Itália e Prof. Edson Miyasaki do Brasil. Foi uma jornada internacional de endodontia patrocinada pela ABO e UNIT- Centro Universitário do Triângulo, inclusive com a participação do Prof. Mario Leonardo que proferiu uma brilhante aula- Endodontia do Novo Milênio, onde ele afirmou " a evolução técnica não justifica o abandono dos princípios biológicos, praticado pelos tecnicistas que defendem com veemência o tratamento em sessão única". Após a aula, infelizmente, o conferencista não pode participar do debate programado, por motivo de viagem. Durante o seminário, eu fui informado de um estudo desenvolvido por Langland e colaboradores onde se concluiu que não havia necessidade de se obturar as ramificações , incluindo canais laterais, mesmo naqueles associados a lesões marginais- Ricucci & Langland. 1988. International Endodontic Journal. Na mesa foi discutido também o nível apical da obturação. Foi colocado que a obturação ideal é aquela que fica confinada na constrição apical, sem necessidade de obturação das ramificações e deltas apicais. Eu fiquei muito surpreendido com as colocações, muito diferentes das nossas, mas eu tive que me curvar diante das evidências apresentadas. O assunto da obturação 3D com guta percha quente preconizada por Schilder em 1974, inclusive com "surplus" foi inserido em algumas postagens anteriores deste blog, todavia a discussão será muito útil e esclarecedora. Nunca é demais lembrar que deveremos sempre "celebrar as diferenças".
Abraços do Ruy Hizatugu.

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quinta-feira, outubro 05, 2006

DO PROF. DOUGLAS CORTEZ - UNICAMP

O Prof. Douglas Cortez apresentou os resultados de seus estudos em dentes "ex- vivo" sobre 4 técnicas de obturação mais utilizadas em endodontia. Na minha opinião, a técnica de obturação de canal mais eficaz é aquela dominada pelo profissional.Todavia, o profissional consciente sempre se curva diante das evidências científicas. Eu tive o privilégio de acompanhar o trabalho experimental do Prof. Cortez, pesquisador com grande experiência clínica e fiquei muito confortado com uma de suas conclusões que confirma que a técnica da onda contínua de condensação lateral é altamente eficiente quanto ao selamento coronário e apical. Pode-se inferir que os profissionais que trabalham no forame (PQM) e travam o cone mestre na constrição apical seguindo os ensinamentos de Schilder tem uma grande chance de obterem resultados altamente satisfatórios, muito embora deva-se reconhecer que nenhuma técnica é superior à outra como dito no início desta postagem.
Ruy Hizatugu.

Título: "Estudo "in vitro" do selamento, densidade radiográfica e tempo operatório de técnicas de obturação endodôntica"Douglas Giordani Negreiros CortezNível: MestradoUnidade: Faculdade de Odontologia de PiracicabaOrientador: Prof. Dr. Fabrício Batista Teixeira
RESUMO DA TESE/DISSERTAÇÃO:
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Este estudo comparou in vitro o selamento apical e coronário, densidade radiográfica e tempo operatório entre as técnicas do Cone único modelado, Onda contínua de condensação, Híbrida de Tagger e Condensação lateral. Foi dividido em duas partes distintas. Na primeira etapa, noventa raízes mesiais de molares inferiores extraídos foram preparadas, divididas em quatro grupos e obturadas pelas técnicas propostas. O tempo gasto para o desenvolvimento das obturações foi registrado. Em seguida, foram radiografadas e a densidade radiográfica foi avaliada no programa Digora 2.0. Os espécimes foram imersos em nanquim por 10 dias e diafanizados. A infiltração linear apical foi mensurada através do programa Imagelab 2.3, considerando-se as quatro faces radiculares. Na segunda etapa do experimento, quarenta e quatro raízes palatinas de molares superiores foram utilizadas para a avaliação da infiltração coronária. Estas raízes, depois de instrumentadas e obturadas empregando-se técnicas similares da primeira etapa, permaneceram em saliva humana por sete dias antes da imersão em nanquim. Os resultados demonstraram que a técnica do Cone único modelado apresentou menor tempo gasto (p<0,01). href="http://www.prpg.unicamp.br/" target="_blank">http://www.prpg.unicamp.br/

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quarta-feira, outubro 04, 2006

DO PROF. TAUBY COUTINHO - UERJ .

O Prof. T. Coutinho disse:"Querido Amigo, colega e mestreDia 23/09 estive no grupo de estudos dos Prof. Noboro e Francisco falando justamente sobre esse tema. O título "Limite atual das obturações do SCR' ou "Porque mudou a estética das obturações do SCR?" onde o objetivo da aula é justificar ANATOMICAMENTE, CLINICAMENTE e BIOLOGICAMENTE que esse ato involuntário é o fecho de uma filosofia de trabalho e não um acidente clínico. Divulgar essas imagens que ainda causam polêmica principalmente entre clínicos afastados da luz do conhecimento, é também nossa tarefa. Um grande abraço do amigo CARIOCA, Tauby" e disse também: "Grande Mestre, esse assunto já está ficando ultrapassado. Com certeza daqui a alguns anos ninguém mais tocará nesse tema. O que os teóricos da endodontia não entenderam ainda é que eles colhem bactérias, as classificam, fazem contagem (Unidades Formadoras de Colônias) etc... FORA do CANAL. Mas quem resolve o problema das que ficaram DENTRO do CANAL é o clínico; ou será que todos casos de sucesso em sessão única com lesão o SCR estava estéril? Um grande abraço, Tauby"

Caro amigo Prof. Tauby, é muito importante os "comments" postados por um respeitável formador de opinião do quilate do caro amigo e colega, principalmente por se tratar de um profissional de grande experiência clínica e acadêmica.

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sábado, setembro 30, 2006

SURPLUS - SOBREOBTURAÇÃO - SOBREEXTENSÃO

Herbert Schilder estabeleceu em 1974 os conceitos de sobreobturação e sobreextensão já consagrados pela endodontia. Surplus ( more of something than is necessary ) é uma sobreobturação que fecha as portas de saida do sistema de canais radiculares. Na minha opinião oferece a segurança de que o S.C.R. foi obturado em sentido tridimensional. Todavia, eu não tenho condições de provar que o surplus aumenta o índice de sucesso. West et al. 1984 e Sjogren et al. 1997 revelaram 100% de sucesso em dentes com infecção e radiotransparência periapical, obturados com surplus. A limpeza e modelagem cônica e obturação com guta percha quente (warm guta percha) com compressão hidráulica, induz uma sobreobturação involuntária no forame apical e foraminas acessórias, desejável nos casos de lesões periapicais sugeridas radiograficamente e tolerável em casos de tratamento de dentes com polpa viva. Vale lembrar que a sobreobturação (surplus-puff-botão) não é um objetivo da técnica da condensação vertical, é uma consequência involuntária e indício de uma boa obturação de canal. Acredita-se que num futuro próxima haverá um método mais eficaz para se avaliar a obturação tridimensioanal, do complexo sistema de canais radiculares.
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SESSÃO ÚNICA - PAIXÃO X RAZÃO

Parabéns para o Gustavo e Douglas pelos comentários isentos e objetivos. Não tem mais o que falar, apenas que sessão única é apenas consequência e não um objetivo. Tenho tentado encontrar o GAP entre os dois pensamentos filosóficos. Talvez na conceituação de SUCESSO. Com certeza, o FOCO de ambas as filosofias é o mesmo, mas a forma de atingir este FOCO seja diferente. Eu particularmente não me preocupo se a endodontia esta sendo feita em uma, duas ou quantas sessões forem necessárias. Também não me preocupa se alguém faz ou não CURATIVO. Isto é problema entre o paciente e o dentista.Me preocupa simplesmente o resultado que estamos atingindo "a longo prazo". Particularmente, eu realizo 100% em sessão única e tenho um resultado a longo prazo que considero muito satisfatório ( e comprovado por controle). Isto também não quer dizer que outros (que realizam curativos e sessões múltiplas) não o tenham também. INFELIZMENTE, POR MAIS QUE OS PROFESSORES NÃO QUEIRAM ACEITAR, A TÉCNICA DO PROFISSIONAL é um FATOR IMPORTANTE NO SUCESSO ! Infelizmente, o assunto se tornou PAIXÃO e não RAZÃO, tornando-se uma discussão acadêmica supérflua, sem nenhuma contribuição para o progresso da odontologia. HENRIQUE BASSI

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quinta-feira, setembro 28, 2006

DO PROF. CARLOS BERGER

Prezado amigo HizatuguObrigado pelo email e pelas palavras afetuosas que são tão próprias de vc.Visitei o seu site. Bem estruturado e comunicativo. Parabéns pelos casos clínicos e pela qualidade do que foi apresentado. Não consegui ainda entrar no www.ruyhizatugu.blogspot.com, mas voltarei la.Que Deus continue te dando muita saúde e disposição para sempre enaltecer a Endodontia brasileira.Abraço afetuosoCarlos R berger

BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR

A capacidade de remover cirurgicamente a polpa do molar inferior sensível ao teste térmico e de percussão é o procedimento anestésico mais difícil da odontologia. A injeção de bloqueio mandibular ou ptérigo mandibular, mais corretamente chamada de bloqueio do nervo alveolar inferior, é necessária neste procedimento. Usa-se dois tubetes de anestésico de 1,8 ml. , sempre com vaso constritor. Se o paciente tiver problemas cardiovasculares pode-se usar o primeiro tubete sem vaso e o segundo com vasoconstritor, segundo orientação do Prof.Alex Otani da UNIP. Para maior segurança complementa-se a anestesia de bloqueio com a anestesia intraligamentar, que na verdade é uma anestesia intra-óssea. Esta injeção é mais eficiente quando a solução anestésica contém epinefrina a 1:100.000. A injeção é aplicada no espaço interproximal nas áreas mesial e distal do dente. Há necessidade de forçar o anestésico para que pequena quantidade seja injetada dentro do osso e uma visível isquemia gengival é desejável. Para tanto usa-se anestésico em tubete de vidro siliconizado como proteção contra fratura, que poderia causar lesões no dentista ou no paciente. Se uma grande quantidade de solução entrar facilmente no tecido, a anestesia será deficiente porque perde o seu objetivo que é penetrar no osso. O aluno deve lembrar que a anestesia intraligamentar é uma anestesia complementar do bloqueio mandibular.

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domingo, agosto 20, 2006

INFECÇÃO E DOENÇA - 1

Carron et al. 2006, estudaram a presença de H. pylori organizados em biofilmes na mucosa gástrica humana através de biopsias e microscopia eletrônica de varredura. Usando teste de urease, os autores verificaram que casos de urease positiva, densos e maduros biofilmes estavam presentes ligados à superfície de H. pylori e ausentes nas espécies com urease negativa.
Neste estudo publicado no J Gastrointest Surg, 2006 May: 10 (5) : 712-7, confirmaram a hipótese de que biofilmes de H. pylori são indutores de úlcera da mucosa gástrica hunana. Biofilmes são complexos microbiológicos onde bactérias são protegidas por uma matriz glicoproteica (glicocálix like) a agentes microbianos. Esta proteção gelatinosa protege, permite o crescimento em meios desfavoráveis e altera a fisiologia do hospedeiro. Embora H. pylori (biofilmes) sejam recuperados em sítios do hospedeiro, o evento não significa a ocorrência de doença.

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INFECÇÃO E DOENÇA

Infecção, segundo Doerr, é a implantação, crescimento e multiplicação de seres inferiores no organismo de hospedeiros altamente organizados.
Infecção, segundo Siqueira Jr., é a invasão e a multiplicação de um microrganismo em um tecido, podendo ou não causar doença.
Doença infecciosa, é a manifestação de sinais e sintomas resultantes de um dano tecidual gerado durante o curso de uma infecção.
A presença de bactérias em um tecido (infecção) não implica o desenvolvimento doença específica ou inespecífica. Esta, depende do número de bactérias, virulência das cepas, duração da agressão e resistência do hospedeiro ( Siqueira Jr. 1997 ) .
Na endoscospia digestiva alta examina-se o esôfago, estômago e bulbo intestinal para verificar a presença de hérnia, erosão, úlcera, neoplasia e teste de urease para pesquisa específica de Helicobacter pylori, causador de gastrite. O Prof. Paulo Correa afirmou (comunicação pessoal) que, cerca de 80% dos pacientes submetidos ao exame, apresentam a presença do H. pylori. Todavia raramente apresentam a doença. O exame é positivo para a bactéria e negativo para a doença. Este conhecimento pode ser extrapolado para outras regiões do hospedeiro, incluindo a boca e canal radicular onde a simples presença de microrganismos nem sempre induz e perpetua uma doença pulpar e perirradicular.
Nair et al. em 2005, examinando raizes mesiais de molares inferiores com lesões periapicais, com a ajuda da microscopia de luz e microscopia eletrônica de transmissão, revelaram a presença de microrganismos organizados em biofilme em istmos, canais laterais, colaterais, deltas apicais e em inúmeras ramificações. Nem o preparo químico cirúrgico, nem o sistema imunoinflamatório, nem qualquer medicação intracanal é competente para atingir e eliminar biofilmes nesses locais de difícil acesso. O recomendável é executar um rigoroso preparo químico cirúrgico, uma boa obturação tridimencional do sistema de canais radiculares e selamento permanente da cavidade de acesso.
Por favor, em benefício da ciência, faça comentários clicando em comments, lembrando sempre de "celebrar as diferenças".

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quarta-feira, agosto 02, 2006

EDITORIAL

Larz S.W.Spangberg, editor de Endodontia da Oral Surgery. Oral Medicine. Oral Pathology. escreveu em seu editorial de junho de 2001 sob o título "Evidence-Based Endodontics: The One Visit Endodontics Idea" O autor faz pesadas críticas aos apologistas da endodontia em sessão única levando em conta os conceitos de Endodontia baseada em evidências."A pesquisa e a prática clínica tem demonstrado que não há diferença com respeito ao sucesso quando canais radiculares são completados em uma visita ou múltiplas visitas" Isto não é, segundo o autor do editorial, endodontia baseada em evidências, é endodontia baseada em ignorância. Ainda diz o autor, a medicação intracanal é necessária para uma completa desinfecção; portanto, por causa de razões biológicas, não técnicas, dentes com patologia pulpar e periapical requer mais de uma sessão de tratamento; por causa da diferença entre polpa necrosada com ou sem radioluscência detectável é somente temporal, todos os casos devem ser considerados infectados. É hora de nos unirmos, se formos sérios, sobre a prática baseada em evidências.
Posteriormente na mesma revista, o Prof. José de Freitas Siqueira Jr. fez comentário sobre o editorial acima citado, que causou grande constrangimento entre colegas brasileiros quando ele diz " Eu lí o editorial do Dr. Larz Spangberg no "Triple O" ( june 2001 issue) somente ontem, mas com considerável interesse e entusiasmo. Ele foi excelente, consciencioso e perfeito. É realmente desapontador e frustrante ver que os princípios biológicos da endodontia estão sendo subestimados devido a fascinação exercida pelas técnicas mecânicas. Os auto-chamados "GURUS" têm comportamentos carismáticos. Eu suspeito que mais de 90% a 95% dos trabalhos publicados em revistas são relacionados com temas mecânicos e os gurus anti-científicos estão ganhando espaço nas revistas".
À luz da verdade, devo esclarecer que o Prof. Siqueira é um dos mais respeitados cientistas da atualidade, com renome internacional. Todos os nossos colegas que se melindraram com seu comentário podem ficar tranquilos porque os "GURUS" da endodontia são aqueles profissionais formadores de opinião que com interesses comerciais, patrocinados por grandes empresas americanas e européias se apresentam nos congressos internacionais e em revistas especializadas, algumas delas de valor científico duvidoso. Eu, particularmente, respeito muito as opiniões do Prof. Siqueira, embora não concorde com o editorial do Prof. Spangberg, porque no meu ponto de vista, não existe diferença significante entre tratamento realizado em uma, duas ou múltiplas sessões, nem quanto à dor pós-operatória, nem quanto ao índice de sucesso. O tratamento em sessão única não é o objetivo, o tratamento em sessão única é consequência do conhecimento, habilidade técnica e experiência profissional.
A sessão única é uma proposta de tratamento desenvolvida através dos anos, com o controle de um número elevado de casos. Acreditamos sempre no bom senso clínico de nossos colegas ao praticarem a técnica, pois ela traz enormes benefícios aos nossos pacientes, razão da verdadeira endodontia baseada em evidências.
Nota: deixe seu comentário clicando em "comments" lembrando sempre que a ciência cresce ao "celebrar as diferenças". Muitíssimo obrigado

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Foto teste sobre montagem final do livro endodontia em sessão única.
Lançamento previsto durante o congresso internacional - Anhembí- Janeiro de 2007.
Editora Santos.

RESILON - EPIPHANY 1

Gilberto J. Debelian, de Oslo apresentou o resultado de 120 dentes obturados com RESILON sendo 67 com pulpites assintomáticos e 53 com P.A. assintomáticos. Os dentes foram instrumentados e irrigados com NaOCl + EDTA e irrigação final com Clorex 2%. Os casos vitais foram obturados em sessão única e casos não-vitais em duas sesões após 3-4 semanas com medicação intracanal com hidróxido de cálcio - a técnica usada foi condensação lateral.
Resultados :
1. Casos vitais - 98,5% sem periodontite apical
2. Casos não-vitais - 94,3% sem periodontite apical

Conclusões:
1. Casos vitais - 66 de 67 casos (98,5%) sem periodontite apical; a causa do insucesso foi fratura radicular.
2. Casos não-vitais - 50 de 53 casos (94,3%) mostraram diminuição ou ausência de sinais de periodontite apical.
Um dos 3 casos de insucesso apresentou fratura radicular.
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domingo, julho 30, 2006

LPS - ENDOTOXINA.

Benjamin Schein e o saudoso Herbert Schilder, ambos da School of Graduate Dentistry, Boston University, apresentaram os resultados de nova pesquisa sobre endotoxina em canais radiculares de dentes humanos no Journal of Endodontics de abril de 2006. Usando 40 canais de dentes envolvidos endodonticamente os autores chegaram a duas conclusões muito significativas em termos de confirmação de achados anteriores revelados por outros inúmeros autores: 1. Dentes sintomáticos apresentam mais endotoxina do que dentes assintomáticos.
2. Dentes despolpados contém maior concentração de endotoxina do que dentes com polpa vital.
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sábado, julho 29, 2006

ANESTESIA LOCAL

Os anestésicos são mais eficientes quando o pH tissular encontra-se próximo de 7,4. Nas inflamações agudas o pH é reduzido, produzindo uma anestesia menos eficaz. Os anestésicos mais utilizados são: Articaina, Lidocaina e Bupivacaina. Os vasos constritores são utilizados para diminuir o fluxo sanguíneo no local da anestesia com dois objetivos: obter hemostasia (tratamentos endodônticos cirúrgicos) e aumentar o tempo de anestesia. O vaso constritor mais usado é a epinefrina com concentrações variaveis de 1:50.000 a 1:200.000. Quanto maior a concentração, maior o efeito hemostático, maior o tempo de anestesia e maior a frequência cardíaca. Para reduzir os efeitos cardiovasculares durante a injeção da solução anestésica com epinefrina, recomenda-se aspirar para prevenir a penetração intravascular, injetar lentamente metade da dose da solução de 1:100.000 de epinefrina e depois de 3-5 minutos usar epinefrina de 1:50.000.Para uma anestesia eficiente recomenda-se Articaina 4% com epinefrina 1:100.000 e Lidocaina 2% com epinefrina 1:100.000 para casos de tratamentos não cirúrgicos e cirúrgicos.
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sábado, julho 22, 2006

HIDRÓXIDO DE CÁLCIO

Hidróxido de cálcio ( Ca(OH)2 ) é uma substância fortemente alcalina (pH 12,5) que em solução aquosa se dissocia em ions cálcio e hidroxila, a última possui comprovada ação antimicrobiana
(Bystrom et al.1985). Em virtude de sua baixa solubilidade, o seu potencial antimicrobiano é limitado apenas para microrganismos localizados na vizinhança do medicamento, isto é, age por contato em tempo limitado. Não atua nas células bacterianas localizadas em sítios inacessíveis, incluindo interior de túbulos dentinários (Orstavik et al. 1990; Siqueira Jr. e Lopes. 1999) . Em dentes com lesões periapicais reveladas por radiotransparências, muitos profissionais utilizam curativo de demora com hidróxido de cálcio por periodos longos, com sucessivas trocas do medicamento (8 a 12 mêses) , concluindo o tratamento com obturação com cimento e guta percha somente após indícios de reparação clínica radiográfica. Portanto um tempo maior de observação é sugerido para a observação do progresso da cicatrização dos tecidos periapicais (Bergenholtz. 2003) Uma suspenção aquosa de hidróxido de cálcio gera um pH com grande potencial tóxico, eliminando bactérias e células hospedeiras pala desnaturação de proteinas da membrana celular e degradação do DNA (Siqueira Jr. e Lopes. 1999). Foi demonstrado que o hidróxido de cálcio é efetivo apenas a um espectro limitado da microbiota do canal. Por exemplo, tanto os enterococos quanto os fungos suportam um ambiente alcalino e são capazes de sobreviver nos canais medicados (Sirén et al.1997 ; Waltimo et al.1997) Na verdade existe controvérsias sobre o uso deste medicamento. Alguns estudos clínicos revelaram ausência de bactérias cultiváveis após uma semana de aplicação intracanal (Bystrom et al.1985 ; Shuping et al.2000), outros demonstraram o contrário (Orstavik et al.1991 ; Peters e Wesselink.2001).
As diferenças podem ser creditadas ao tipo de dente usado nos estudos, qualidade do preparo químico mecânico, técnicas de coleta e transporte e, a remoção do medicamento do canal antes da coleta . Nota: deixe seu comentário clicando em "comments" lembrando sempre que a ciência cresce ao "celebrar as diferenças". Muitíssimo obrigado!

sábado, julho 15, 2006

SELAMENTO CORONÁRIO

Nos últimos anos, tem-se dado muita ênfase ao selamento coronário em relação ao sucesso da terapêutica endodôntica. Muitos trabalhos enfatizaram que após periodos curtos de tempo pode ocorrer infiltração coronária a qual, muitas vêzes, é capaz de atingir a região apical da obturação, podendo, assim, induzir ou perpetuar uma lesão periapical. Parece ser unanimidade dentro da literatura endodôntica a necessidade de um selamento coronário provisório efetivo ou a realização de "selamento permanente" o mais breve quanto possível. Em vista dessas necessidades, recomenda-se a colocação de selamento permanente logo após o término do tratamento endodôntico. Os materiais para tais procedimentos são variados, porém, as resinas compostas têm sido amplamente utilizadas com bons resultados. Em casos de grande destruição coronária onde existe a necessidade de colocação de pino intracanal, parece não existir um consenso literário quanto ao tipo de pino de escolha. Todavia, pesquisas têm demonstrado resultados promissores com relação à utilização de pinos pré-fabricados de fibra de vidro ou similares, uma vez que estes apresentam módulo de elasticidade semelhante à dentina, reduzindo, desta forma, o estresse do pino sobre a raiz e consequentemente o risco de fratura. Outra razão que pode ser apontada para a realização do selamento coronário permanente é o fato dele fortalecer o dente, principalmente quando comparado ao selamento temporário. Embora ocorra dificuldades na aceitação por alguns profissionais, acredita-se que é muito saudável uma reflexão imparcial sobre as evidências científicas.
Neste aspecto, a resina composta merece destaque.
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quinta-feira, julho 06, 2006

INSTRUMENTAÇÃO ROTATÓRIA

Durante o 5º Congresso Easy Endo System realizado nos dias 6 e 7 de julho de 2006 em Belo Horizonte foi apresentado pelo Prof. Henrique Bassi com a colaboração do Prof. John Mc Spadden o novo sistema Easy SI desenvolvido especialmente para controlar a "vida útil" das limas mecânicas rotatórias NiTi. O sistema através do "índice de fadiga", indica a porcentagem de vida útil da lima, permitindo a substituição dos instrumentos de forma adequada. É um fato inédito no aprimoramento da técnica.Os dados obtidos durante a instrumentação dos canais, são armazenados dinamicamente no sistema, e atualizados a cada reutilização das limas. O novo sistema proposto pode prolongar a vida útil de sua lima endodôntica, diminuindo drasticamente o custo de material. Este sistema faz também, a análise de desgaste individual das limas, permitindo a troca unitária do instrumento comprometido. O objetivo é a busca pela excelência com economia e segurança.
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sexta-feira, março 31, 2006

ABSCESSO PERIAPICAL AGUDO

Na reunião extramuros realizada ontem, houve uma ampla discussão de vários temas clínicos incluindo drenagem de abscesso em situação de intervenção clínica de urgência. A questão levantada por uma aluna de pós-graduação foi relacionada a deixar o dente aberto ou fechado após a drenagem via canal. A experiência clínica baseada nas evidências nos ensina... Se após a drenagem hove tempo de instrumentar o canal completamente, é recomendável o selamento cavitário. Por outro lado se após a drenagem o PQM não foi realizado, recomenda-se deixar o dente aberto para se evitar novo acúmulo de pus uma vêz que a causa do abscesso (infecção) permanece no canal. Conclusão: drenou, não limpou nem preparou, dente aberto; drenou, limpou e preparou, dente fechado. Quanto ao uso de antibiótico eu acho um assunto muito polêmico. É recomendável nos casos de expressa indicação médica. Fora esta situação, muito especial, evita-se a sua prescrição. O Prof. A.Fleury de Dallas afirmou " antibiótico é para salvar vidas, não é para salvar dentes" Eu concordo plenamente.....
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quarta-feira, março 29, 2006

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO SUCESSO

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO SUCESSO ENDODÔNTICO.
Dr. Samuel O. Dorn, Presidente da American Association of Endodontists lançou uma mensagem à seus associados no Journal of Endodontics, vol 28 (7), julho de 2002 onde ele convida todos para uma reflexão sobre o tema: falha do tratamento ou falha do paciente em reparar-se? Segundo Dorn, os endodontistas foram condicionados a pensar em termos de sucesso e falha. Somos obsessivos em nos preocuparmos em milímetros ou menos. Será que isto nos torna inseguros? Por que muitos de nós retrata um caso gratuitamente ou sentimos que temos que devolver o dinheiro se o paciente perder o dente? Se um cirurgião cardiologista realiza uma cirurgia e o paciente morre, será que ele devolve o dinheiro para a família do falecido? Se um médico trata de uma condição de recidiva ou não se repara rapidamente, será que ele não cobra por tratamento adicional? Será que nós realmente falhamos? Ou o paciente falha na sua própria reparação? A endodontia possui uma das maiores taxas de reparação da odontologia, em torno de 90 a 95%. Sendo assim, nós endodontistas deveríamos pensar mais positivamente a respeito de nossos casos e nossas habilidades. Em nossa visão limitada de sucesso, dor moderada ou inflamação seria considerado uma "falha". Como forma de referência comparativa, os cirurgiões ortopedistas consideram a inflamação crônica ao redor das articulações como sendo normal e consideram sucesso a habilidade funcional, mesmo quando uma dor moderada estiver presente. Nós nos condicionamos e também nossos pacientes a acreditar que devemos sempre atingir uma taxa se sucesso de 100%. Estamos lidando com vidas humanas e devemos compreender que existe uma variedade de potencial reparativo. Devemos então, nos afastar dessa cultura de "falha". Em medicina, a pesquisa clínica refere-se a cura como taxa de sobrevivência. Os artigos futuros devem começar a discutir as taxas de "sobrevivência" ao invés de taxas de "sucesso". Se o paciente ainda possuir dentes tratados endodonticamente após cinco anos, mesmo que possua uma lesão ou espessamento do ligamento periodontal, isto é "sobrevivência", isto é cura.
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sexta-feira, março 24, 2006

ENDODONTIA EM SESSÃO ÚNICA


ENDODONTIA EM SESSÃO ÚNICA.
A controvérsia sobre endodontia em sessão única em dentes com patologia periapical está concentrada na medicação intracanal. Estudos têm demonstrado que não há diferenças significantes entre tratamentos realizados em sessão única e em sessões múltiplas (duas ou mais sessões) com medicação intracanal com hidróxido de cálcio , nem quanto à dor pós- operatória nem quanto ao índice de sucesso clínico radiográfico.
Colocar remédio dentro de raizes de dentes doentes é uma tradição desde os primórdios da civilização. Relatos históricos afirmam que foram encontrados traços de medicamentos em dentes de múmias no antigo Egito, provavelmente com o intuito de curar. Há 23 anos Herbert Schilder que recentemente faleceu na cidade de Boston disse: No futuro a endodontia será feita rotineiramente com o mínimo de dependência de medicação intracanal e sem procurar modificar com medicamentos as lesões endodônticas. Inadvertidamente, a princípio, intencionalmente, com o tempo, forame apical, canais radiculares, canais laterais e canais principais serão localizados e obturados totalmente. A existência de tais canais e a importância de obtura-los até o seu limite apical (forame apical-patência) deixarão de ser uma preocupação, pois serão obturados rotineiramente. Os historiadores da odontologia perguntarão por que houve tanta controvérsia sobre o assunto? Os defensores atuais da medicação intracanal principalmente os apologistas do Hidróxido de Cálcio poderão vir a ser os que mais ardentemente limpam, preparam e obturam o canal nas três dimensões. Provavelmente uma comunidade pequena de cientistas defenderão e reinvidicarão a autoria da idéia do tratamento em sessão única. A endodontia atual possui uma das maiores taxas de sucesso da odontologia, em torno de 90 a 99%, dependendo dos critérios usados, não importa se executada em sessão única, duas sessões ou sessões múltiplas, embora Brynolf tenha concluído em 1967 que a reparação histológica não ultrapassa 7% dos casos tratados. Estes dados foram confirmados por Seltzer em dezembro de 1999. Todavia merece respeito os dados obtidos por Tanomaro et al. em 2002 e Holland et al. em 2003. Os autores trabalhando em dentes de cães conseguiram melhores resultados histológicos em dentes com medicação intracanal com H.Cálcio, comparados com dentes tratados em sessão única. No passado objetivo da medicação intracanal era obter um teste microbiológico negativo antes da obturação do canal. Seltzer, Bender e Turkenkof, em 1963, obtiveram os mesmos resultados clínicos radiográficos obturando dentes com testes positivos e negativos. O trabalho foi contestado, a partir de 1970, porque foram realizados antes do aprimoramento de técnicas de cultura anaeróbia. Todavia, 24 anos depois, Matsumoto e colaboradores (1987) confirmaram os achados de Seltzer et al. de 1963, usando técnicas de colheita, transporte e cultura anaeróbias.
Bystrom e Sandqvist e Bystrom e colaboradores publicaram uma série de cinco trabalhos, 1981, 1983,1985, 1985 e 1987, onde sugeriram que deixando o canal vazio após o preparo químico mecânico ocorre o restabelecimento total da microbiota endodôntica num prazo de 2-4 dias ; daí a indicação da medicação intracanal com hidróxido de cálcio e contra-indicação do tratamento em sessão única. Houve um equívoco histórico de interpretação porque o tratamento em sessão única não deixa o canal vazio, deixa o canal preenchido com cimento e guta percha.
Em 2000, nós selecionamos 240 dentes com necrose e lesões perirradiculares . Fizemos a limpeza e modelagem e dividimos os dentes em dois grupos de 120 dentes cada : grupo A e grupo B. No grupo A os dentes foram obturados em sessão única. No grupo B foi colocado medicação intracanal com hidróxido de cálcio e obturado uma semana depois. Não houve diferença entre o grupo A e o grupo B nem quanto à dor pós- operatória 24-48-72 horas, nem quanto ao índice de sucesso em 4 anos de observação. Estes achados foram confirmados por Peters e Wessilink em trabalho publicado no International de Agosto de 2002.
Os princípios básicos do tratamento endodôntico são dois : 1. Domínio da anatomia 2. Controle da infecção. O tratamento endodôntico em sessão única em dentes com patologia periapical não é objetivo, é uma consequência. Uma consequência do domínio da anatomia através da habilidade individual do dentista e o conseqüente controle da infecção. Todo tratamento pode ser realizado em sessão única por razões biológicas, porém nem todo tratamento pode ser realizado em sessão única por motivos técnicos, incluindo dificultades anatômicas, tempo, habilidade profissional etc.
O bom senso deverá ser o juiz na escolha do número de sessões empregadas porque na verdade o êxito do tratamento endodôntico não depende da medicação intracanal, e sim da capacidade profissinal de controlar a infecção localizada no sistema de canais radiculares de forma a restar apenas infecção na região periapical onde as defesas do hospedeiro são competentes para combater os microrganismos e seus produtos. A região periapical possue um alto índice metabólico, irrigação sanguínea abundante e alta concentração de células e moléculas de defesa.
Considerando que o fórum adequado para o debate democrático de questões polêmicas são as universidades e os congressos, seria muito saudável que seus responsáveis e dirigentes convocassem os interessados para um amplo debate de questões polêmicas para maior esclarecimento e aprimoramento da odontologia.
Bloco de notas: O tratamento em sessão única não é, não deve ser praticado e nem ensinado nos cursos de graduação. O aluno que não tem condições de executar tratamento endodôntico em inúmeras sessões por falta de habilidade, não pode realizar o tratamento em sessão única. Por outro lado, existem vários profissionais de altíssimo nível técno-científico que realizam tratamentos em duas ou mais sessões com elevado índice de sucesso.
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segunda-feira, março 06, 2006

BIOFILME MICROBIANO

BIOFILME MICROBIANO
Biofilme microbiano é uma colônia de microrganismos envolvida e associada a uma matriz extracelular de natureza polissacarídica ( glicocalix like). A matriz polissacarídica é responsável pela adesão entre as células, pela adesão a superfícies moles e duras e pela proteção dos microrganismos contra fagócitos, anticorpos ( imunoglobulinas ) complemento e agentes antimicrobianos, incluindo antibióticos e medicação intracanal. Biofilme se forma em qualquer superfície úmida exposta a microrganismos: dentes, próteses, restaurações, canos de esgoto, cascos de navio, caixas de água, encanamentos de piscina e de equipamento odontológico. Trata-se de um consórcio de células microbianas associadas a glicoproteinas formando uma colônia mista e complexa, sendo aeróbia no exterior e anaeróbia no interior.
Distel, Hatton e Gillespie de St. Louis, Missouri, USA, estudaram o mecanismo de formação de biofilme microbiano (J Endodon 2002) através de microscopia eletrônica de varredura e microscopia confocal a laser, sugerindo que Biofilmes são definidos como " matriz polissacarídica associada a uma população bacteriana aderente entre si e/ou a superfícies moles ou duras" Ficou demonstrado que a matriz extracelular é penetrada por canais de água que fornece nutrientes e remove detritos. Biofilmes tem sido observados em diversas lesões bacterianas incluindo infecções em tecidos moles da cavidade oral e dentes, assim como ouvidos, trato gastrointestinal e urogenital, implantes cardiacos, dentários e cateteres. A literatura sugere que bactérias em biofilmes são cerca de 10 vêzes mais resistentes a fagocitose, anticorpos e muitos antibióticos. Fatores que contribuem para a resistência incluem as moléculas polissacarídicas "impenetráveis" e a habilidade desenvolvida por bactérias de sobreviverem sem multiplicação, além de condições favoráveis ao crescimento, tais como pH, concentração de ions, nutrientes e suprimento de oxigênio.
O papel de microrganismos extraradiculares em lesões resistentes ao tratamento endodôntico está totalmente aberto a discussão, ao contráriodo do papel dos patógenos intraraduculares. Ainda não se sabe a verdadeira causa das infecções refratárias ao tratamento bem elaborado, tecnicamente correto, havendo especulações e algumas sugestões : canais não encontrados em virtude da complexidade da anatomia , biofilme microbiano extraradicular, microrganismos remanescentes em túbulos dentinários, ramificações e istmos, cistos verdadeiros ( true cyst), infiltração coronária através de restaurações etc. Tronstad et al. em 1990 em 10 biópsias de dentes com lesões periapicais refratárias, encontraram 100% de biofilmes extraradiculares. Siqueira & Lopes em 1999, em 27 dentes com lesões periradiculares encontraram apenas 1 caso. Hession no Congresso de Paris realizado em 1977 disse: " o sucesso do tratamento endodôntico depende da remoção da causa e a transferência da inflamação para áreas onde o sistema de defesa atua com competência e o efetivo selamento do canal a este nível" .
O clínico deve atuar nas áreas onde o sistema imunológico não atinge ( sistema de canais radiculares em dentes com necrose pulpar em virtude da falta de irrigação sanguínea ) porque onde ele atua ( região periapical que possue um alto índice metabólico e riqueza em células mesenquimais indiferenciadas ) ele é absolutamente competente para eliminar a infecção, com exceção de hospedeiros imunocomprometidos/imunodeprimidos.
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