quarta-feira, agosto 22, 2007

Adalberto Ramos Vieira




Protocolo Técnico:
1. Acesso 2. Limpeza e Modelagem 3. Obturação 4. Blindagem Dental
Intrumentação Rotatória: Aparelho Easy Endo SI de quarta geração.
Obturação: Compactação vertical (Shilder). Termo compactador EASY ENDO.

CASO CLÍNICO: ADALBERTO RAMOS VIEIRA, vieira@futuretec.com.br

Dente 36, julho de 1999, cárie, pulpite. Pulpotomia executada em sessão única.
1. Pulpotomia 2. H. Cálcio 3. Fosfato de Zinco 4. Resina Composta


Controle de 8 anos, julho de 2007: 1. Rizogênese completada 2. Reparação

A grande questão é a seguinte:
1.Se eu tivesse usado na época o MTA, agora estaria tranqüilo,mas, em 1999 esse material não constava do meu arsenal.
2.Foi usado hidróxido de cálcio e hoje, depois de 8 anos, o que se tem é um espaço vazio devido a reabsorção do mesmo.
3.O aspecto radiográfico não sugere nenhuma patologia periapical instalada e há silêncio clinico.
4.Meu caro Ruy Hizatugu, Equipe e demais colegas, devo preencher o espaço vazio deixado pelo Ca(OH)2 para garantir o sucesso obtido?
5.Por gentileza opinem clicando no comentário. Ao abrir não esqueça de clicar em "outro" e escreva seu nome.
Um grande abraço!
Adalberto Ramos Vieira


sábado, agosto 11, 2007

MEDICAÇÃO ANTIBIÓTICA EM ENDODONTIA: MITOS E VERDADES

Caros professores Celso e Eduardo, ontem durante curso na APCD Central, houve uma questão polêmica dentre várias outras. Realmente o uso de antibiótico passou a ser usado por períodos mais curtos, até a resolução dos sintomas clínicos? Foi sugerido doses mais altas por períodos curtos, em alguns casos, 2 a 3 dias. Por favor me esclareça o seguinte:

1. Houve mudanças significativas quanto à posologia ?

Prof. Eduardo: Atualmente, parece ser consensual entre os especialistas de que o uso de antibióticos no tratamento das infecções bacterianas agudas, como complemento dos procedimentos de descontaminação local, deve ser feito por meio de doses maiores e por tempo restrito.

Prof. Celso: a posologia é feita com base na farmacocinética e farmacodinâmica da droga, deve-se seguir a posologia indicada pelo fabricante.

2. Por que passou-se a usar períodos curtos ?

Prof. Eduardo: um dos conceitos mais errôneos é o de que o tratamento com antibióticos requer um ciclo ou curso completo” (geralmente de 7 a 10 dias), sob o argumento de que “o tratamento prolongado elimina as bactérias resistentes”. Entretanto, isto é uma contradição, pois um agente antimicrobiano não pode afetar microrganismos resistentes a si próprio, pela própria definição de resistência microbiana. Ao contrário, o uso prolongado de antibióticos somente serve para selecionar estas espécies resistentes.

Prof. Celso:na literatura encontram-se diversos artigos muito
recentes da área médica, mostrando que o uso
prolongado em infecções como na pneumonia, tem o mesmo
efeito qdo utlizado em tempo menor (ao invés de 14d,
usa-se 7d). Tb há estudos mostrando que a resistência
bacteriana pode aumentar com o uso prolongado.


3. Ainda é válido continuar por alguns dias o uso de antibiótico, após a ausência de sintomas, como medida preventiva ?

Prof. Eduardo: Outra afirmação muito comum é que a terapia antibiótica prolongada é necessária para evitar a reincidência das infecções, já que os microrganismos são suprimidos, mas não eliminados. Ora, é sabido que as infecções bacterianas bucais dificilmente reincidem, particularmente se a fonte da infecção for erradicada, o que se consegue na clínica odontológica por meio da descontaminação local (esvaziamento progressivo do sistema de canais radiculares, drenagem de abscessos, etc.).

Prof. Celso: na minha opinião sim, mas não deverá ultrapassar mais que 24h.

4. A pergunta 2 refere-se a casos de dentes com infecção e lesão periapical e não a tratamento profilático com indicação médica.

Prof. Eduardo: com base nestes conceitos e no fato de que as infecções bucais agudas têm uma evolução rápida e uma duração relativamente curta, pode-se dizer que, uma vez erradicada a fonte da infecção, a duração ideal da terapia antibiótica deve ser a menor possível, e que o único parâmetro prático para se determinar o tempo de tratamento é a remissão dos sintomas da infecção, devidamente avaliados pelo clínico. Daí a importância da monitorização do paciente pelo profissional, após 24, 48 ou 72h, de acordo com o caso.

Prof. Celso: veja bem, em dentes com lesão periapical crônica, muitos endodontistas não utilizam nenhum antibiótico (salvo pacientes com alterações sistêmicas), em casos
com abcessos agudos utilizam antibiótico por 5 dias com dose de ataque (2 comprimidos).

Prof. Eduardo: com base nestes conceitos e no fato de que as infecções bucais agudas têm uma evolução rápida e uma duração relativamente curta, pode-se dizer que, uma vez erradicada a fonte da infecção, a duração ideal da terapia antibiótica deve ser a menor possível, e que o único parâmetro prático para se determinar o tempo de tratamento é a remissão dos sintomas da infecção, devidamente avaliados pelo clínico. Daí a importância da monitorização do paciente pelo profissional, após 24, 48 ou 72h, de acordo com o caso.

Portanto, sou da opinião de que a terapia com antibiótico(s) deve ser interrompida quando, por meio de evidências clínicas, ficar demonstrado que as defesas imunológicas do hospedeiro reassumiram o controle da infecção. Isto pode se dar após um período de 2, 3, 4, 5 ou até mesmo nos “clássicos” 7 dias. Com esta conduta, o cirurgião dentista estará contribuindo para uma menor incidência de efeitos adversos dos antibióticos, reduzindo o custo do tratamento e, talvez, o mais importante, dificultando a seleção de bactérias resistentes. Espero ter sido objetivo nas minhas respostas.


Prof. Celso: estou de acordo, sugiro que prescreva antibióticos por 72h e analise o quadro, sendo satisfatório continue somente por mais 24h por segurança (total=4dias), caso ainda hajasintomas, preescreva por mais 72h (total=6dias) . Lembrar: A determinação de no mínimo 7 ou 10 dias na minha opinião , é empírica, sendo assim voce pode reduzir o tempo de uso acompanhando a remissão dos sintomas e apoiado em sua
experiência clínica.

Prof. Eduardo Dias de Andrade: Titular de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica da Fac. de Odontologia da Unicamp.É autor do livro Terapêutica Medicamentosa em Odontologia e co-autor do livro Emergências Médicas em Odontologia - Ed. Artes Médicas.

Professor Celso Queirós: Professor de Farmacologia da Faculdade de Odontologia da Universidade Ibirapuera – São Paulo .


sexta-feira, agosto 10, 2007

CASE REPORT

The use of white Portland cement as an apical plug in a tooth with a necrotic pulp and wide-open apex: a case report
International Endodontic Journal
Volume 40 Issue 8 Page 653-660, August 2007
Gustavo De Deus & Tauby Coutinho Filho
Department of Endodontics, Rio de Janeiro State University, Rio de Janeiro, Brazil

Aim To present a case in which substantial periapical healing occurred with the use of white Portland cement (WPC) to create an apical plug in the root of an immature tooth.
Summary Radiographic examination indicated an immature tooth (35) with a wide-open apex and a periapical radiolucency. The canal was mechanically cleaned using intracanal instruments and 5% NaOCl irrigation. Small pieces of resorbable collagen sponge were packed beyond the root apex with the aim of creating a periapical barrier for the compaction of filling material. WPC powder was then mixed with sterile water and delivered to the apical portion of the canal (approximately 3 mm). The patient was asked to return 1 week later for the continuation of treatment but he did return as planned. Seven months after the intervention the patient returned and another radiograph was exposed to reveal complete radiographic healing of the periapical region. The remainder of the canal was filled with thermoplastic gutta-percha. Clinical follow-up 1 year later revealed adequate clinical function, absence of clinical symptoms and no signs of periapical rarefaction.

The positive clinical resolution of this case is encouraging for the use of WPC as an apical plug in immature teeth with necrotic pulps and wide-open apices.