segunda-feira, agosto 11, 2008

RUY HIZATUGU RESPONDE AO PROF. VALDRIGHI


As respostas do Prof. Luiz Valdrighi representa a sua opinião pessoal. Nem sempre os internautas estarão de acordo com elas, mas acho importante o respeito às diferenças. Sendo assim, eu numero algumas observações:

1.
O "status" microbiológico (carga bacteriana) do sistema de canais radiculares (SCR) após o completo PQM, não influi no resultado do tratamento endodôntico, quando seguido imediatamente de uma obturação tridimensional e de uma eficiente blindagem coronária.
2. A cultura microbiológica positiva significa presença de Bactérias.
3. A cultura microbiológica negativa não significa ausência de Bactérias.
4. Não existe até o momento tecnologia adequada para coleta de amostras de células microbianas remanescentes ao PQM localizadas na profundidade de túbulos dentinários e ramificações, incluindo canais laterais, colaterais, istmos intercanais, forames e foraminas apicais.
5. Não existe até o momento tecnologia competente para erradicação total (esterilização) de microrganismos do SCR.
6. A identificação de amostras de bactérias coletadas do canal, tem valor inquestionável na Taxonomia Microbiológica e, na endodontia baseada em evidências. Todavia, a sua importância para a terapêutica endodôntica é relativa, porque a microbiota endodôntica é inespecífica e não existe medicamento específico para a sua erradicação.
7. Bactérias remanescentes ao PQM, organizadas em biofilmes ou planctônicas, nos túbulos dentinários e ramificações, tem forte impacto no reparo das periodontites apicais quando o canal apresenta deficiência de blindagem interna (obturação da cavidade pulpar) e blindagem externa (reconstrução coronária/oclusal)
8. Desde que se faça uma completa limpeza e modelagem, removendo totalmente a medicação intracanal, qualquer substância anti microbiana poderá ser usada entre sessões sem prejuízo algum ao reparo da periodontite apical.