segunda-feira, março 31, 2008
quinta-feira, março 27, 2008
CASO CLÍNICO - SHINICHI KIMURA, MARIA TERAZA COCA E RUY HIZATUGU
CASO CLÍNICO - HENRIQUE BASSI
Paciente sexo feminino
idade 40 anos
diagnóstico : abcesso crônico com presença de fístula
controle de 5 meses
Tratamento : sessão única
Observação: Tratamento em sessão única, em quase sua totalidade, não constitue problema de ordem biológica e sim de ordem técnica. O sucesso de qualquer tratamento endodôntico passa pela conscientização do profissional em entender os reais motivos que levam ao insucesso do tratamento, seja ele realizado em sessão única, duas sessões ou multiplas sessões. Desta forma, dogmas antigos podem ser repaginados se verificamos que centenas de milhares de casos realizados ao longo de décadas, considerados de forma pouco ortodoxa apresentam sucesso , jogando por água abaixo muitas teorias conservadoras.
Comentário de Ruy Hizatugu:
1. O papel do preparo apical (size) no tratamento de canal radicular é assunto controvertido.
2. O limite apical de instrumentação é assunto aberto à discussão: Forame apical ou Constrição apical.
3. Autores afirmam que quanto maior o alargamento apical, maior a diminuição do número de células bacterianas, em contrapartida, outros alegam o contrário. Estes últimos são partidários da idéia de Schilder.
4. Sjogren et al. afirmam que a instrumentação com lima #40 diminue melhor o número de bactérias do que limas de menor calibre. Por outro lado, Yared & Dagher revelaram que limas #25 foram tão eficiente quanto limas #40 na redução de microrganismos residuais.
5. Buchanan aconselha mínimo preparo apical (e.g. #20 or #25) para canais mesiais e vestibulares de molares para prevenir acidentes iatrogênicos durante a limpeza e modelagem, incluindo o transporte do forame apical.
6. O bom senso é uma medida racional de controle das controvérsias sobre o preparo apical.
Referências:
Todas as referências estão contidas no trabalho:
THE ROLE OF APICAL INSTRUMENTATION IN ROOT CANAL TREATMENT: A REVIEW OF THE LITERATURE
Dean Baugh, DDS, and James Wallace DDS, MDS, MSD, Ms
Joe - Vol. 31, n° 5, May 2005
quarta-feira, março 26, 2008
terça-feira, março 25, 2008
Ruy Hizatugu - Caso Clínico
Surplus:
1. Dentes com necrose e periodontite apical obturados com surplus apresentaram 100% de sucesso; Independente do status microbiológico do canal (teste positivo e negativo);
Sjogren et al. Int Endod J 1997 30:297-306
CASOS CLÍNICOS - RUY HIZATUGU
Eduardo Akisue
1 - Preparo do canal com hipoclorito de sódio a 1% associado ao creme de Endo PTC
2 - Instrumentação rotatória com o sistema BioRace
Instrumento final para canais mesiais de MI e MV de MS (na maioria dos casos): 35/.04
Instrumento final para canais Distais e Palatinos (na maioria dos casos): 40/.04 ou 50/.04
3 – Irrigações finais com solução de ácido cítrico a 15% seguido da solução de Clorexidina a 2%
4 – Obturação com o cimento RealSeal/Resilon e técnica termoplástica utilizando System B/Obtura II
Eduardo Akisue
Especialista, Mestre e Doutorando em Endodontia pela FOUSP.
E-mail : eakisue@ajato.com.br
quinta-feira, março 20, 2008
EDUARDO FREGNANI
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sexta-feira, março 14, 2008
APCD - JARDIM PAULISTA
ESPECIALIZAÇÃO EM ENDODONTIA - EAP CENTRAL - APCD
Coordenadores:
Prof. Maria Esperança Sayago
Prof. Ivete Abrahão
terça-feira, março 11, 2008
ENCONTRO DE ENDODONTIA - ABO - BAHIA
Local: Salão Nobre da ABO-Bahia
25/04 (sexta-feira) - 08:30 às 12:30
Prof. Rielson José Alves Cardoso (Campinas - SP)
Mestre e Doutor em Endodontia pela FOUSP
Coordenador do Curso de Especialização em Endodontia da Associação dos Cirurgiões Dentistas de Campinas
Coordenador do Curso de Mestrado em Endodontia do Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic
Professor Titular de Endodontia da FO-SLMandic
Prof. Manoel Damião de Sousa Neto (Ribeirão Preto - SP)
26/04 (sábado) - 08:30 às 12:30
Prof. Ruy Hizatugu (São Paulo - SP)
Autor do livro Endodontia em Sessão Única
Especialista em Endodontia - FOP-UNICAMP
Especialista em Biologia Celular e Histologia - Escola Paulista de MedicinaLivre
Docente em Endodontia - Universidade Gama FilhoProfessor da EAP da APCD de São Paulo
Título do Curso: Endodontia em sessão única baseada em evidências
O tema será discutido sob 3 aspectos:
Resumo:
1. Biologicamente todo tratamento endodôntico pode ser realizado em sessão única, porém nem todo tratamento endodôntico pode ser executado em sessão única por motivos técnicos, incluindo problemas anatômicos, acidentes, tempo, exsudação persistente e habilidade profissional.
2. O tratamento em sessão única não é objetivo, é conseqüência do domínio da anatomia e controle da infecção.3. Não existe diferença significante entre tratamento em sessão única, duas sessões ou múltiplas sessões, nem quanto a dor pós-operatória, nem quanto ao índice de sucesso clinico radiográfico.4. O paradigma da endodontia contemporânea baseia-se em três pilares fundamentais: 1. Domínio da anatomia 2. Controle da infecção
3. Blindagem dental.O domínio da anatomia depende do domínio da anatomia macroscópica e microscópica. Anatomia macroscópica refere-se aos canais das raízes. Anatomia microscópica refere-se aos túbulos dentinários e ramificações, incluindo canais laterais, colaterais, istmos intercanais, forame e foraminas apicais. O controle da infecção depende do domíno da complexa anatomia dental e do controle do biofilme microbiano. Na patologia pulpar, periapical e periodontal o ator principal é o Biofilme e os atores secundários são as células e moléculas do sistema de defesa do hospedeiroA blindagem dental é obtida pelas técnicas adesivas de última geração que aumenta a resistência à fratura, evita a recontaminação, melhora a estética e aumenta a longevidade.
26/04 (sábado)
Hands on (Preparo automatizado)
14:30 às 16:00 - turma 1 (10 alunos)
16:30 às 18:00 - turma 2 (10 alunos)
Informações: ronaldo@endodontiaclinica.odo.br
segunda-feira, março 03, 2008
CARLOS BUENO
Na observação do seu blog, notei grande preocupação em relação ao uso de medicação intracanal. Creio que tal discussão seja pertinente, no entanto tenho um sentimento que o domínio técnico da anatomia do sistema de canais não mereça de nossos colegas, endodontistas, e principalmente dos educadores a mesma ênfase. Tal suspeita é decorrente ao fato que, em pouco tempo, recebi duas indicações de endodontistas com casos clínicos muito parecidos, que são ilustrativos da idéia exposta. Nos casos, primeiros molares inferiores, os colegas indicaram depois de alguns meses de tratamento (em média 4 meses), com uso de hidróxido de cálcio associado à clorexidina gel 2%. No entanto, as pacientes relatavam sintomatologia intensa, uma delas com dor facial difusa, espontânea, enfim complexa. Nos dois casos, o problema foi resolvido com a localização do terceiro canal na raiz mesial do primeiro molar inferior, o chamado mésio-medial ou mésio-central. Este canal já foi bastante relatado na literatura pertinente (segue slide com alguns artigos), claro, mas parece que ainda existe resistência na utilização do microscópio operatório por parte de alguns membros da comunidade, bem como relacionar insucessos com canais não localizados, ou tratamento endodôntico sem completo domínio da anatomia (lembrar artigos e autores clássicos de microscopia operatória como Carr, Kim, Rubinstein, Pecora, entre outros). Por quê? Será que há uma generalização da idéia que insucessos são decorrentes de uma microbiota residual dentro do sistema de canais e que medicamentos de uso intracanal irão resolver tais casos?
Diante do exposto, coloco em discussão :
1) Precisamos enfatizar o ensino de anatomia e o treinamento técnico para o tratamento endodôntico, ou seremos observados com descrédito pelos colegas e pacientes?
2) Existe colaboração por parte dos educadores no fato (com minha inclusão), quando do ensino de medicação intracanal e microscopia operatória? Será que em outros países a situação é diferente?
Portanto, sabedor das diferentes idéias dos amigos do blog, aguardo contato, um grande abraço, Carlos Bueno, Equipe de Endodontia de Campinas