Carron et al. 2006, estudaram a presença de H. pylori organizados em biofilmes na mucosa gástrica humana através de biopsias e microscopia eletrônica de varredura. Usando teste de urease, os autores verificaram que casos de urease positiva, densos e maduros biofilmes estavam presentes ligados à superfície de H. pylori e ausentes nas espécies com urease negativa.
Neste estudo publicado no J Gastrointest Surg, 2006 May: 10 (5) : 712-7, confirmaram a hipótese de que biofilmes de H. pylori são indutores de úlcera da mucosa gástrica hunana. Biofilmes são complexos microbiológicos onde bactérias são protegidas por uma matriz glicoproteica (glicocálix like) a agentes microbianos. Esta proteção gelatinosa protege, permite o crescimento em meios desfavoráveis e altera a fisiologia do hospedeiro. Embora H. pylori (biofilmes) sejam recuperados em sítios do hospedeiro, o evento não significa a ocorrência de doença.
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domingo, agosto 20, 2006
INFECÇÃO E DOENÇA
Infecção, segundo Doerr, é a implantação, crescimento e multiplicação de seres inferiores no organismo de hospedeiros altamente organizados.
Infecção, segundo Siqueira Jr., é a invasão e a multiplicação de um microrganismo em um tecido, podendo ou não causar doença.
Doença infecciosa, é a manifestação de sinais e sintomas resultantes de um dano tecidual gerado durante o curso de uma infecção.
A presença de bactérias em um tecido (infecção) não implica o desenvolvimento doença específica ou inespecífica. Esta, depende do número de bactérias, virulência das cepas, duração da agressão e resistência do hospedeiro ( Siqueira Jr. 1997 ) .
Na endoscospia digestiva alta examina-se o esôfago, estômago e bulbo intestinal para verificar a presença de hérnia, erosão, úlcera, neoplasia e teste de urease para pesquisa específica de Helicobacter pylori, causador de gastrite. O Prof. Paulo Correa afirmou (comunicação pessoal) que, cerca de 80% dos pacientes submetidos ao exame, apresentam a presença do H. pylori. Todavia raramente apresentam a doença. O exame é positivo para a bactéria e negativo para a doença. Este conhecimento pode ser extrapolado para outras regiões do hospedeiro, incluindo a boca e canal radicular onde a simples presença de microrganismos nem sempre induz e perpetua uma doença pulpar e perirradicular.
Nair et al. em 2005, examinando raizes mesiais de molares inferiores com lesões periapicais, com a ajuda da microscopia de luz e microscopia eletrônica de transmissão, revelaram a presença de microrganismos organizados em biofilme em istmos, canais laterais, colaterais, deltas apicais e em inúmeras ramificações. Nem o preparo químico cirúrgico, nem o sistema imunoinflamatório, nem qualquer medicação intracanal é competente para atingir e eliminar biofilmes nesses locais de difícil acesso. O recomendável é executar um rigoroso preparo químico cirúrgico, uma boa obturação tridimencional do sistema de canais radiculares e selamento permanente da cavidade de acesso.
Por favor, em benefício da ciência, faça comentários clicando em comments, lembrando sempre de "celebrar as diferenças".
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Infecção, segundo Siqueira Jr., é a invasão e a multiplicação de um microrganismo em um tecido, podendo ou não causar doença.
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A presença de bactérias em um tecido (infecção) não implica o desenvolvimento doença específica ou inespecífica. Esta, depende do número de bactérias, virulência das cepas, duração da agressão e resistência do hospedeiro ( Siqueira Jr. 1997 ) .
Na endoscospia digestiva alta examina-se o esôfago, estômago e bulbo intestinal para verificar a presença de hérnia, erosão, úlcera, neoplasia e teste de urease para pesquisa específica de Helicobacter pylori, causador de gastrite. O Prof. Paulo Correa afirmou (comunicação pessoal) que, cerca de 80% dos pacientes submetidos ao exame, apresentam a presença do H. pylori. Todavia raramente apresentam a doença. O exame é positivo para a bactéria e negativo para a doença. Este conhecimento pode ser extrapolado para outras regiões do hospedeiro, incluindo a boca e canal radicular onde a simples presença de microrganismos nem sempre induz e perpetua uma doença pulpar e perirradicular.
Nair et al. em 2005, examinando raizes mesiais de molares inferiores com lesões periapicais, com a ajuda da microscopia de luz e microscopia eletrônica de transmissão, revelaram a presença de microrganismos organizados em biofilme em istmos, canais laterais, colaterais, deltas apicais e em inúmeras ramificações. Nem o preparo químico cirúrgico, nem o sistema imunoinflamatório, nem qualquer medicação intracanal é competente para atingir e eliminar biofilmes nesses locais de difícil acesso. O recomendável é executar um rigoroso preparo químico cirúrgico, uma boa obturação tridimencional do sistema de canais radiculares e selamento permanente da cavidade de acesso.
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quarta-feira, agosto 02, 2006
EDITORIAL
Larz S.W.Spangberg, editor de Endodontia da Oral Surgery. Oral Medicine. Oral Pathology. escreveu em seu editorial de junho de 2001 sob o título "Evidence-Based Endodontics: The One Visit Endodontics Idea" O autor faz pesadas críticas aos apologistas da endodontia em sessão única levando em conta os conceitos de Endodontia baseada em evidências."A pesquisa e a prática clínica tem demonstrado que não há diferença com respeito ao sucesso quando canais radiculares são completados em uma visita ou múltiplas visitas" Isto não é, segundo o autor do editorial, endodontia baseada em evidências, é endodontia baseada em ignorância. Ainda diz o autor, a medicação intracanal é necessária para uma completa desinfecção; portanto, por causa de razões biológicas, não técnicas, dentes com patologia pulpar e periapical requer mais de uma sessão de tratamento; por causa da diferença entre polpa necrosada com ou sem radioluscência detectável é somente temporal, todos os casos devem ser considerados infectados. É hora de nos unirmos, se formos sérios, sobre a prática baseada em evidências.
Posteriormente na mesma revista, o Prof. José de Freitas Siqueira Jr. fez comentário sobre o editorial acima citado, que causou grande constrangimento entre colegas brasileiros quando ele diz " Eu lí o editorial do Dr. Larz Spangberg no "Triple O" ( june 2001 issue) somente ontem, mas com considerável interesse e entusiasmo. Ele foi excelente, consciencioso e perfeito. É realmente desapontador e frustrante ver que os princípios biológicos da endodontia estão sendo subestimados devido a fascinação exercida pelas técnicas mecânicas. Os auto-chamados "GURUS" têm comportamentos carismáticos. Eu suspeito que mais de 90% a 95% dos trabalhos publicados em revistas são relacionados com temas mecânicos e os gurus anti-científicos estão ganhando espaço nas revistas".
À luz da verdade, devo esclarecer que o Prof. Siqueira é um dos mais respeitados cientistas da atualidade, com renome internacional. Todos os nossos colegas que se melindraram com seu comentário podem ficar tranquilos porque os "GURUS" da endodontia são aqueles profissionais formadores de opinião que com interesses comerciais, patrocinados por grandes empresas americanas e européias se apresentam nos congressos internacionais e em revistas especializadas, algumas delas de valor científico duvidoso. Eu, particularmente, respeito muito as opiniões do Prof. Siqueira, embora não concorde com o editorial do Prof. Spangberg, porque no meu ponto de vista, não existe diferença significante entre tratamento realizado em uma, duas ou múltiplas sessões, nem quanto à dor pós-operatória, nem quanto ao índice de sucesso. O tratamento em sessão única não é o objetivo, o tratamento em sessão única é consequência do conhecimento, habilidade técnica e experiência profissional.
A sessão única é uma proposta de tratamento desenvolvida através dos anos, com o controle de um número elevado de casos. Acreditamos sempre no bom senso clínico de nossos colegas ao praticarem a técnica, pois ela traz enormes benefícios aos nossos pacientes, razão da verdadeira endodontia baseada em evidências.
Nota: deixe seu comentário clicando em "comments" lembrando sempre que a ciência cresce ao "celebrar as diferenças". Muitíssimo obrigado
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À luz da verdade, devo esclarecer que o Prof. Siqueira é um dos mais respeitados cientistas da atualidade, com renome internacional. Todos os nossos colegas que se melindraram com seu comentário podem ficar tranquilos porque os "GURUS" da endodontia são aqueles profissionais formadores de opinião que com interesses comerciais, patrocinados por grandes empresas americanas e européias se apresentam nos congressos internacionais e em revistas especializadas, algumas delas de valor científico duvidoso. Eu, particularmente, respeito muito as opiniões do Prof. Siqueira, embora não concorde com o editorial do Prof. Spangberg, porque no meu ponto de vista, não existe diferença significante entre tratamento realizado em uma, duas ou múltiplas sessões, nem quanto à dor pós-operatória, nem quanto ao índice de sucesso. O tratamento em sessão única não é o objetivo, o tratamento em sessão única é consequência do conhecimento, habilidade técnica e experiência profissional.
A sessão única é uma proposta de tratamento desenvolvida através dos anos, com o controle de um número elevado de casos. Acreditamos sempre no bom senso clínico de nossos colegas ao praticarem a técnica, pois ela traz enormes benefícios aos nossos pacientes, razão da verdadeira endodontia baseada em evidências.
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RESILON - EPIPHANY 1
Gilberto J. Debelian, de Oslo apresentou o resultado de 120 dentes obturados com RESILON sendo 67 com pulpites assintomáticos e 53 com P.A. assintomáticos. Os dentes foram instrumentados e irrigados com NaOCl + EDTA e irrigação final com Clorex 2%. Os casos vitais foram obturados em sessão única e casos não-vitais em duas sesões após 3-4 semanas com medicação intracanal com hidróxido de cálcio - a técnica usada foi condensação lateral.
Resultados :
1. Casos vitais - 98,5% sem periodontite apical
2. Casos não-vitais - 94,3% sem periodontite apical
Conclusões:
1. Casos vitais - 66 de 67 casos (98,5%) sem periodontite apical; a causa do insucesso foi fratura radicular.
2. Casos não-vitais - 50 de 53 casos (94,3%) mostraram diminuição ou ausência de sinais de periodontite apical.
Um dos 3 casos de insucesso apresentou fratura radicular.
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1. Casos vitais - 98,5% sem periodontite apical
2. Casos não-vitais - 94,3% sem periodontite apical
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