Obsessão de David Lynch por meditação é objeto de documentário
GABRIELA LONGMAN
DE SÃO PAULO
David Lynch acaba de inaugurar uma exposição de pintura e escultura, dirigiu um show da banda Duran Duran, está gravando um disco, tem uma loja virtual de música e mantém intensa atividade no microblog Twitter.
Mas, de todo o seu vasto universo de atuação, nada parece deixá-lo tão entusiasmado quanto a meditação transcendental.
O tema é hoje o centro gravitacional do diretor, que não cansa de repetir como a prática deixou sua vida mais intensa, criativa e feliz.
Sua "peregrinação" ao Brasil, em 2008, para o lançamento do livro "Em Águas Profundas" (ed. Gryphus) e divulgação dos ensinamentos do mestre Maharishi Yogi e é tema do documentário "Transcendendo Lynch", que estreia amanhã (leia nesta página).
Em entrevista à Folha, por telefone, David Lynch, simpaticíssimo, falou sobre todos os seus projetos, mas queria mesmo é convencer esta repórter a procurar o centro de meditação transcedental mais próximo.
Folha - O sr. trabalha em algum novo filme?
Lynch - Estou trabalhando mais com música neste momento. Estou terminando de gravar um CD de composições minhas, num estilo que eu chamaria de "novo blues". Enquanto isso, procuro ideias para novos filmes, sem pressa.
Folha - Continua meditando?
Lynch - Eu medito há 38 anos, duas vezes por dia, sem exceção. É uma fonte inesgotável de felicidade, de criatividade, de autoconsciência. Você deveria tentar. Mas é importante fazer a iniciação da maneira certa, num centro que siga os ensinamentos de Maharishi. Você vai ver a vida ficar cada vez melhor.